Aluno do Senar-ES inventa aerador que não gasta energia elétrica

por admin_ideale

Você, produtor, já pensou em obter um aerador que não gasta energia elétrica e que pode economizar em até 70% o consumo de água? Acredite, o “Samuca” existe. O equipamento foi inventado pelo criador de tilápias, Samuel da Costa. A revelação aconteceu em uma sala de aula, durante um curso do Pronatec para aquicultor, oferecido pelo Senar-ES em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), onde o tímido aluno levantou o dedo e anunciou a invenção. O negócio deu tão certo que o instrutor do treinamento aprovou e quem conhece o Samuca já o adotou.

Chamado de “Samuca” em homenagem ao próprio inventor, um morador da região de Muniz Freire, o aerador aumenta a concentração do teor de oxigênio na água dos tanques-redes e dos viveiros escavados. Os peixes não respiram o oxigênio da superfície, ou seja, necessitam do oxigênio misturado à água, mas varia com muita frequência e depende de fatores como a temperatura e concentração de matéria orgânica. A baixa concentração de oxigênio pode trazer consequências como a morte dos peixes.

O instrutor do curso, Fabiano Giori, elogia a percepção do aluno e garante: “Muita gente já está usando o equipamento que ele criou, afinal, as vantagens são inúmeras”, disse. Giori destaca, ainda, o fato de ser um material de fácil acesso para os produtores. “O custo é baixíssimo, em média R$3. Foi uma grande sacada do Samuel”, acrescenta.

É absolutamente comum encontrar aeradores no mercado, mas não com as características do que foi criado pelo Samuel. Os comuns não têm, por exemplo, tamanha simplicidade. Bastaram três pedaços de cano PVC, todos interligados em uma conexão T, com um tampão com um pequeno furo ao centro para dar pressão à água que entra no cano e pronto, está feito o Samuca.

A ideia

Como todo bom produtor, o Samuel queria criar cada vez mais peixes apesar do pequeno espaço. No entanto, notou a perda de alguns peixes, visto que eles estavam subindo à superfície com muita frequência, tentando sobreviver. Com os conhecimentos adquiridos no curso do Senar-ES, ele desconfiou que o problema fosse a falta de oxigênio na água. Foi quando surgiu a ideia de migrar o ar da atmosfera, colocando na água um cano com a boca virada para cima, e funcionou. 

 

 

Laillah Martinelle

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