Tratado estabelece novas cotas de exportação destinadas ao mercado europeu
Foto: iStock/Mapa
O recém-assinado Acordo Mercosul-União Europeia, formalizado durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu, foi celebrado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) como um marco para o setor de proteína animal. O tratado estabelece novas cotas de exportação para carnes de frango e suína destinadas ao mercado europeu, com condições tarifárias mais competitivas.
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Entre as principais novidades está a inclusão de uma cota anual de 180 mil toneladas de carne de frango, equivalente-carcaça, que será isenta de tarifas. Essa cota será dividida em partes iguais entre produtos com osso e desossados, sendo implementada gradualmente ao longo de seis anos, até alcançar o volume total previsto. Após esse período, o limite anual será mantido em 180 mil toneladas.
Além disso, o acordo inclui uma cota de 25 mil toneladas anuais para carne suína, também implementada de forma escalonada em seis anos. Para esse produto, será aplicada uma tarifa fixa de 83 euros por tonelada.
Oportunidades para o Brasil
Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, as novas condições estabelecidas pelo acordo representam um avanço significativo para o setor de exportações do Mercosul, com destaque para o Brasil. “Essas cotas adicionais criam novas oportunidades de embarques para o mercado europeu em condições mais vantajosas. As cotas atuais serão mantidas, enquanto as novas devem ser ocupadas prioritariamente por produtos brasileiros”, afirmou Santin.
De acordo com dados da ABPA, entre janeiro e novembro deste ano, o Brasil exportou 205 mil toneladas de carne de frango para a União Europeia, gerando US$ 749,2 milhões em receita. A expectativa é que as novas cotas elevem consideravelmente esses números nos próximos anos.
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