5 dicas para proteger o solo da seca e da desertificação

Especialista destaca práticas de irrigação que ajudam a conservar o solo e garantir a produtividade mesmo em períodos prolongados de estiagem

por Portal Campo Vivo
Muda. Foto Divulgacao Freepik

Mais de 1.200 municípios brasileiros estão em risco de desertificação, segundo o Ministério do Meio Ambiente. A maior parte fica no semiárido nordestino, onde o solo se torna cada vez mais seco e improdutivo devido ao desmatamento, uso inadequado da terra e longos períodos sem chuva. Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 25% das terras do planeta já mostram sinais avançados de degradação.

A boa notícia é que a irrigação, quando feita com critérios técnicos e responsabilidade ambiental, pode ajudar a reverter esse cenário. Com manejo correto da água e apoio profissional, é possível recuperar áreas degradadas, evitar perdas por estresse hídrico e manter a produção mesmo em épocas secas. “Mais do que aumentar a produtividade, irrigar de forma planejada contribui para manter o solo vivo e a agricultura de pé”, afirma o engenheiro agrônomo Elidio Torezani, diretor da Hydra Irrigações, primeira revenda Netafim no Brasil.

No Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado nesta terça-feira, 17 de junho, Torezani compartilha orientações que podem fazer a diferença no campo. Confira!

Conheça o solo

A primeira etapa é entender as características do solo antes de iniciar qualquer sistema de irrigação. “É preciso saber como ele retém água, qual a profundidade efetiva das raízes e qual a velocidade de infiltração. Isso evita tanto o desperdício quanto a deficiência hídrica”, explica.

Monitore a umidade

O uso de sensores de umidade no solo é uma prática recomendada para definir com mais precisão quando irrigar. “Tecnologias de monitoramento são fundamentais, mesmo em pequenas áreas. Elas ajudam o produtor a aplicar exatamente o que a planta precisa”, orienta Torezani.

Escolha o sistema certo

Cada tipo de solo e cultura exige um sistema específico. Em áreas degradadas, a irrigação localizada, como o gotejamento, tem se mostrado especialmente eficiente. “Esse sistema reduz perdas por evaporação e infiltração profunda, além de permitir maior controle sobre a quantidade de água”, destaca.

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Aproveite boas referências

Israel é um exemplo mundial quando se trata de uso racional da água na agricultura. Com um território majoritariamente árido, o país se tornou referência global em irrigação de alta eficiência, especialmente com o uso do gotejamento. “Eles mostram que mesmo em regiões com extrema escassez de água é possível produzir em larga escala, com tecnologia e planejamento”, comenta o engenheiro.

Invista em planejamento

Para Torezani, o sucesso da irrigação passa pelo planejamento e pelo acompanhamento constante. “Irrigar não é simplesmente abrir uma torneira. É preciso entender o ciclo das plantas, a disponibilidade de água e a capacidade de resposta do solo. Quando bem feita, a irrigação recupera áreas improdutivas e reduz a necessidade de insumos”, finaliza.

Assessoria de Imprensa

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