O setor brasileiro de máquinas e equipamentos começou 2025 em ritmo de recuperação, registrando alta na receita líquida de vendas e no consumo aparente. Em janeiro, a indústria faturou R$ 20,5 bilhões, um crescimento de 19,5% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado reforça a tendência positiva observada desde o segundo semestre do ano passado.
Apesar da queda sazonal em comparação com dezembro, o desempenho ajustado mostrou avanço de 7,5%. O mercado interno foi o grande responsável pelo crescimento, com a receita atingindo R$ 15,6 bilhões, um salto de 32,3% na comparação anual.
Por outro lado, as exportações recuaram 22,3% e totalizaram US$ 818 milhões, impactadas pela redução dos embarques para os Estados Unidos, Singapura e México. Enquanto isso, as importações cresceram 19,3% no mesmo período, chegando a US$ 2,7 bilhões – o maior volume já registrado para um mês de janeiro. A China se consolidou como principal fornecedora, respondendo por 36% das máquinas importadas pelo Brasil.
Outro dado relevante foi o crescimento de 37,6% no consumo aparente, indicador que reflete o nível de investimentos na economia. Além disso, o setor manteve a ocupação da capacidade instalada estável, e o número de empregados subiu 0,4% em relação a dezembro, alcançando 400,2 mil trabalhadores.
Os resultados sustentam a projeção otimista para 2025. A expectativa é que o setor encerre o ano com um crescimento de 3,7% na receita total de vendas, revertendo a sequência de três anos consecutivos de retração.
Agrolink
