
A Cooabriel se prepara para dar início a um projeto-piloto no setor cacaueiro. A iniciativa está sendo implementada no município de Camacã, no sul da Bahia, e vai envolver produtores que, além do conilon, também cultivam cacau em seus sistemas produtivos, fortalecendo a diversificação e o potencial das propriedades.
O novo projeto acontece em parceria com a multinacional americana Cargill, reconhecida por sua forte atuação na cadeia agrícola alimentícia, incluindo o mercado de cacau. “A Cargill decidiu apoiar essa iniciativa porque é um projeto alinhado à estratégia da empresa de tornar o Brasil autossuficiente na produção de cacau. Muitos cafeicultores de Camacã, que é um município próximo a Ilhéus (BA), onde a Cargill tem uma unidade de processamento do cacau, também cultivam a commodity”, detalha Murilo da Silva, diretor de Originação da Cargill.
Com o início das operações previsto para setembro, a nova frente de atuação tem como foco ampliar a prestação de serviços aos cooperados, conforme explica o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello. “O propósito da cooperativa é oferecer serviços em todos os segmentos em que o cooperado atua, com qualidade e segurança para as suas operações. Ainda é um projeto-piloto, mas bastante promissor”.
A escolha por Camacã se deve à sua forte vocação produtiva para o cacau e pela vantagem logística. O município já conta com uma loja de insumos e uma unidade de armazenagem de café da Cooabriel, o que facilita a operação. “Percebemos que já existe uma vocação que está muito bem estruturada. Temos parceiros estratégicos e podemos fazer investimentos. Consideramos que esta seja uma necessidade já mapeada de diversificação de atividade da cooperativa. O que se espera é que esse projeto-piloto se torne tão significativo quanto o café já é para a Cooabriel”, considera o superintendente da instituição, Carlos Augusto Pandolfi.
A projeção é de que, nos primeiros 12 meses, o projeto receba aproximadamente 10 mil sacas de 60 quilos de amêndoas de cacau.
De acordo com Renato Batista de Freitas, gerente da unidade da cooperativa onde o projeto será implantado, a expectativa é de uma boa receptividade por parte dos cooperados. Ele destaca que, por se tratar de um projeto inicial, é natural que haja curiosidade e expectativa em relação à atuação com o cacau — o que considera positivo.
“O produtor terá a oportunidade de diversificar e fortalecer seu negócio, principalmente por contar com o respaldo da Cooabriel e de parceria sólida no mercado”, afirma. Para Freitas, o piloto tem potencial para gerar confiança, apresentar resultados concretos e criar um efeito multiplicador, viabilizando a expansão das atividades com o cacau para outras unidades da cooperativa.
Assessoria de Comunicação