
Faleceu na madrugada desta segunda-feira (23/6), aos 84 anos, Ermando Caliman, considerado um dos precursores da fruticultura no Estado do Espírito Santo e um dos nomes destaques do setor no Brasil. A notícia foi divulgada pelo genro, o deputado federal Evair de Melo, nas redes sociais.
O empresário, fundador da Caliman Agrícola no início de 1980 junto ao seu irmão Antero, iniciaram o cultivo de mamão papaya em Linhares, uma trajetória marcada pelo pioneirismo da fruta. Foi uma das primeiras empresas brasileiras a exportar mamão ainda nos anos 1980, levando a empresa, devido à qualidade da produção, a se tornar referência nacional e internacional.
Um episódio marcante narrado pelo deputado na publicação é que Ermando ao saber que o ex-governador Gerson Camata teria audiência com o então presidente americano Bil Clinton pediu que levasse uma caixa de mamão de presente. Clinton, ao comer a fruta, pediu à USDA que iniciasse os trâmites para que o mamão chegasse aos americanos.
“A abertura do mercado americano para o mamão foi um processo técnico e diplomático complexo. Foi uma das primeiras empresas autorizadas a exportar, após investir em tecnologia de hidrortermia, rastreabilidade e segurança fitossanitária. Essa liderança no comércio internacional consolidou o nome ‘Caliman’ no mercado global de frutas, com participação ativa em fóruns e estratégias agrícolas do estado. A empresa sempre investiu em tecnologia, pesquisa e logística, mantendo sua posição de liderança na cadeia produtiva do mamão”, cita a publicação.
O empresário também foi um dos grandes incentivadores dos polos de manga, goiaba, uva, morango e tantas outras frutas no Estado, além de ter sido um dos primeiros sócios do Sicoob Linhares.
“Eu tive um sogro querido, carinhoso com os netos, atencioso com todos, incentivador incondicional da minha trajetória técnica e política. Honraremos seu legado”, destacou Evair de Melo.
Ermando Caliman será velado a partir das 12 horas desta segunda-feira (23), na Capela Mortuária do Cemitério Padre Emílio, em Venda Nova do Imigrante e seu sepultamento às 16h30.
Valda Ravani, Redação Campo Vivo