Segundo a exportadora e corretora de café Escritório Carvalhaes, “a inflação brasileira nos custos de produção de café está bem acima da inflação oficial”. Em seu informativo da última sexta-feira (11/9), a empresa explica que isso se dá pela aumento dos custos de mão de obra, energia elétrica, combustível, fertilizantes e defensivos.
“Com o fortalecimento do dólar frente ao real, os cafeicultores vêm as cotações do café cada vez mais pressionadas em Nova Iorque, enquanto os preços dos fertilizantes e defensivos sobem com o dólar, sem nenhuma bolsa que derrube essas cotações… Alguns produtores falam em inflação de 30% nos custos de produção de café”, afirma.
Somada a crise política do Brasil, o Escritório afirma que os problemas na economia enfraqueceram a moeda brasileira. “No mercado de café, os operadores em Nova Iorque aproveitaram a forte desvalorização do real e aumentaram a pressão sobre as cotações na ICE Futures US. Os contratos de café com vencimento em dezembro próximo perderam 260 pontos na semana”, aponta o boletim.
Mercado interno
No mercado físico brasileiro, o Escritório Carvalhaes afirma que os negócios continuaram com pouca movimentação. “Nenhum produtor vende por achar o preço remunerador ou para aplicar no mercado financeiro. Quem não precisa de caixa prefere ficar com o café nas tulhas. É muito mais seguro nesta época de crise econômica e política”.
O Escritório informou, ainda, que a bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 4, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 11, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 260 pontos ou US$ 3,44 (R$ 13,34) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 4 a R$ 606,17 por saca, e dia 11, a R$ 598,03 por saca.
Já no último dia 11, nos contratos para entrega em setembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 15 pontos.
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