Fim do embargo chinês já impacta as exportações de carne bovina brasileira

por admin_ideale

Duas semanas depois de a China suspender o embargo à carne bovina do Brasil, já foram embarcadas mais de duas mil toneladas do produto para o país asiático, informou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. A decisão foi anunciada pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff em Brasília. 

“A ocupação desse mercado pelo Brasil depende de dois fatores: agilizar a autorização das empresas exportadoras; e o segundo ponto é a negociação e a performance dos empresários brasileiros”, disse a ministra. A restrição chinesa e de outros países foi aplicada em 2012, quando surgiu um caso atípico de vaca louca em uma fazenda do Paraná. As barreiras estão sendo levantadas, graças ao aval do Brasil da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). 

Outro mercado que anima o agronegócio brasileiro é a União Europeia. Usando dados da Fundação Getúlio Vargas, produzidos em 2013, com o fechamento de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o bloco europeu, Kátia Abreu afirmou que as exportações brasileiras subiriam 20%, o que corresponderia a cerca de US$ 10 bilhões a mais. “O principal benefciado seria o setor de carnes, com uma expansão de 15%”, disse ela. 

A ministra disse que a oferta a ser feita aos europeus, em setembro deste ano, para um acordo comercial terá uma melhora de 1%. A indústria entrará com 0,7 ponto percentual, e a agricultura, com 0,3 ponto percentual. “Estou muito otimista quanto a um acordo. Não podemos nos dar ao luxo de ficarmos de fora”, afirmou. 

Segundo a secretária de relações internacionais do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo, os principais mercados abertos no primeiro semestre de 2015 têm potencial de incrementar em US$ 1,4 bilhão por ano as exportações brasileiras. Nos seis primeiros meses do ano, países como Estados Unidos, Rússia, Argentina, África do Sul, Japão e Myanmar retiraram embargos ou começaram a importar produtos brasileiros, como lácteos, carnes bovina, suína e de frango, tripas e farinha de carne. 

“É importante destacar que esse valor é uma projeção do potencial que esses mercados representam. Duas semanas após a abertura do mercado da China, por exemplo, já embarcamos duas mil toneladas de carne para aquele país”, informou.

 

 

Jornal do Comércio

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